quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Terminando saiba diga e pense

Termino o ano letivo feliz com meu trabalho fazendo somente o que me interessa levando em consideração a ética, boa educação que recebi de minha mãe e colaborações de amigos de profissão que pensam como eu em afinidades, amor ao trabalho e seriedade sobre o verdadeiro significado de Educação.segue texto do Arnaldo e Edgar aqui em meu blog

Se você não disser o que você quer ninguém vai lhe atender
Se você não souber o quer não vai nem poder dizer!
Se você não se der a chance de tentar saber o que quer.
Nunca vai nem saber como poderia ser!
Por isso diga sempre que souber,
Saiba sempre que quiser,
Queira sempre que se der.
Diga! Saiba! Queira!
Pra que eu possa perceber, pra que eu possa ao menos responder
Para que eu possa entender
Para que eu possa lhe atender.
Edgard Scandurra e Arnaldo Antunes

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

domingo, 28 de agosto de 2011

eu não sei desenhar isto professora

Segundo a autora do livro Desenho da criança,Maureen Cox, para a criança é difícil soltar completamente as rédeas da imaginação e da criatividade quando não sabem desenhar objetos comuns.
Por isso, é muito importante que o professor ofereça formas de trabalhar a observação de certos objetos para que as crianças retirem de si mesmas o peso de não saber desenhar, pois irão incorporar a forma naturalmente.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

livro Macaquinho

Toda noite o macaquinho passava para a cama do pai e ficava mexendo, e pulando, e dando chute, e não deixava o pai dormir.

Então, o pai perguntava para ele:
- Por que você passa toda noite pra minha cama?
- Porque sinto frio."
Um livro de Ronaldo Simões Coelho



sábado, 23 de julho de 2011

O que faz você feliz?

Hoje eu li novamente este texto do poeta Arnaldo Antunes e o deixo aqui registrado para uma reflexão:

O QUE FAZ VOCÊ FELIZ? Arnaldo Antunes
Comer morango com a mão
Por açúcar no abacate
Brincar com melão, goiaba, romã, jabuticaba
Ou é o gostinho de infância que te faz feliz?
Cuspir sementes de melancia
Falar besteira, ficar sem fazer nada
Plantar bananeira
ou comer banana amassada
A lua, a praia, o mar
A rua, a saia, amar...
Um doce, uma dança, um beijo,
Ou é a goiabada com queijo?
Afinal, o que faz você feliz?
Chocolate, paixão, dormir cedo, acordar tarde,
Arroz com feijão, matar a saudade...
O aumento, a casa, o carro que você sempre quis
Ou são os sonhos que te fazem feliz?
Um filme, um dia, uma semana
Um bem, um biquíni, a grama...
Dormir na rede, matar a sede, ler...
Ou viver um romance?
O que faz você feliz?
Um lápis, uma letra, uma conversa boa
Um cafuné, café com leite, rir à toa,
Um pássaro, ser dono do seu nariz...
Ou será um choro que te faz feliz?
A causa, a pausa, o sorvete,
Sentir o vento, esquecer o tempo
O sal, o sol, um som,
O ar, a pessoa ou o lugar?
Afinal, o que faz você feliz?

quinta-feira, 21 de julho de 2011

sábado, 16 de julho de 2011

Grama e Criança

Na minha viagem conheci um lugar lindo chamado Venda do Chico. Lá tem um lugarzinho tudo de bom,para as crianças brincarem com grama é claro! Só não entende quem é muito cabeçudo que criança tem que brincar na graminha que não machuca.Lindo BH e saudades da Venda do Chico.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Comprei outro DVD da NINOCA


Felizmente estou viciada em NINOCA. Vício bom e ontem encontrei-o por 12,90 numa oferta. HAHAHAHA

Um livro sobre os animais

Não tenho um,mas sim muitos temas preferidos de trabalho. Constatei ao longo destes 21 anos de educação infantil que os animais são encantadores e estimulantes para a aprendizagem infantil. Veja que desenhos significativos sobre o modo de viver dos animais.Infelizmente não pude postar aqui os comentários dos pequenos sobre o que aprendem com os livros e filmes de animais.
Em nossa escola há um grande acervo de livros e filmes sobre este tema.

Desenhos sobre o conto de fadas A Bela e a Fera

Kiriku desenhos sobre o filme...

Não tive tempo de postar os desenhos deste adorável filme...

domingo, 3 de julho de 2011

Estamos trabalhando o DVD NINOCA

Este DVD é muito bom . Infantil e de vocabulário adequado para a criança pequena.

Entrevista com Ondjaki

eu amo muito

Eu li um livro do escritor angolano Ondjaki - Os da minha rua - 2007e fiquei apaixonada pela sua capacidade de retratar a infância distante de meu pais, tão parecida com a nossa. Identifiquei-me e muito pelo conto sobre o professor de geografia. Segue um pequeno trecho lindo lindo " a vida acontece muito de repente...

"A vida às vezes é como um jogo brincado na rua: estamos no último minuto de uma brincadeira bem quente e não sabemos que a qualquer momento pode chegar um mais-velho a avisar que a brincadeira já acabou e está na hora de jantar. A vida afinal acontece muito de repente (…). Nós, as crianças, vivíamos num tempo fora do tempo, sem nunca sabermos dos calendários de verdade.

poesia do scritor angolano Ondjaki

pequeno espanador de tristezas [a derradeira confissão?]”


há qualquer coisa de lágrima numa celebração minha.

se soubesse aceitar a beleza das lágrimas não tinha que [me] explicar a origem delas e podia sorrir com as bochechas molhadas mais vezes sem as rugas.

às vezes uma celebração minha é uma timidez – um dia tenho que conseguir abandonar isso e elevar-me a lesma, gambozino, helibélula. acreditar no fio que o grilo ata às estrelas lá longe no universo vincado de negrume; emprestar a minha pele numa jangada quase a afundar; afastar nuvens que dançam nas peles do mar; soprar uma madrugada pra ela voltar a mim [ainda gostava de ter uma crise de asma por excesso de nuvens nos pulmões respiratórios].

sem ser só nas palavras vividas em poesia, pra mim a morte devia ser um voo dançado por um papagaio-pipa – eu quero ser a aragem desse voar. se morrer um dia vou celebrar a palavra morte com incensos e música cantada por andorinhas – a morte anda por aí à solta e a vida afinal parece é uma máscara...

«a palavra vida é maior que a palavra morte», disse-me o meu sobrinho tchiene hoje que ainda faltam dezasseis dias pra ele nascer.

quando ele chegar ao mundo vou mostrar-lhe uma garça gaga que encontrei num poema e me passou a gaguez dela. eu passei a gaguez toda pra uma tarde e foi bonito ver a tarde esticar-se porque não sabia bem como pronunciar o definitivo pôr-do-sol. a noite ficou extenuada – à espera de chegar.

há qualquer coisa de adélia na palavra fé. talvez porque ela seja uma mulher de palavras pesadas com tanta leveza e saiba cavalgar medos selvagens. há na obra dela manchas leves de infância – essa varicela foi muito manuseada por luuandino [o que viajava com intimidade pelas ruas de antigamente, passando por tetembuatubia, kinaxixi, makulusu, olhos das crianças, pássaros e peixes]. certa noite, no lubango, vi o joão vêncio pendurado numa estrela; ao pé da casa onde sonhei nesse serão havia uma represa que era doadora de ruídos bons – apadrinhados por sapos gordos. espreitei pela janela fechada e quase cometi o erro de olhar um gambozino nos olhos. fechei os olhos e abri a janela, limitei-me a olhar assim as estrelas brilhantes numa ternura interna que eu lembro pouco de frequentar [no lubango a ternura brota em mim sem cerimónias].

às vezes uma chuva molhada é uma coisa boa para escorregar momentos em direcção a mim. quando uma chuva molhada cai sobre o mundo redondo, as coisas da vida e a vida das coisas encontram-se num quintal vasto. foi sob uma chuva molhada em canduras que encontrei as barbas do meu pai num poema e o sorriso da minha mãe noutro. foi nas entrelinhas dum poema ensopado que encontrei, várias vezes, a autorização interna pra falar a palavra amor [vou tentar não apagar isto: eu tenho certo receio da palavra amor, espero só que ela não me tenha receios também; seria triste].

foi com as mãos sujas de restos de amor que estiquei uma madrugada. quando digo a palavra madrugada também sinto um esticão no coração. se agora abuso muito das madrugadas é porque cada uma delas tem restos de amor que eu sempre vou perdendo. qualquer dia acumulo esses restos todos e faço uma construção de amor [talvez chame uma mulher pra se encostar ao outro lado dessa construção]. a palavra amor pode ser um labirinto com mais de catorze lados avessos. depois de esticar uma madrugada encosto a madrugada na minha pele e espero. a pele gosta de ser esculpida de novo muitas vezes na vida.

se puser um «v» na palavra esticar, poderei estivar uma madrugada. aí elevo-me a estivador de madrugadas e posso pensar num caixote com luar, um caixote com geada, caixotes pesados de estrelas, caixotes de nuvens carregadas de pingos, um caixote hermético com lágrimas, uma caixinha de costura com restos concretos de amor.

as palavras são muito bonitas também porque têm significados cicatrizados nelas – falo a palavra kwanza e sou invadido pelas belezas de um rio e o sol todo a bater-lhe nas peles da água escura que ele tem. o rio transporta o barro e os peixes e nunca ninguém se queixou de cócegas. há qualquer coisa de jangada na palavra rio. liberdade seria abraçar um jacaré sem lhe apetecer provar-me. eu queria fazer festinhas na carcaça antiga de um jacaré mas se ele me fizer festinhas magoa-me. vou olhar o jacaré de longe e o rio de perto – provar as minhas mãos nele. a pele do rio tem mais espelho que a minha e que a do jacaré. o céu e o sol gostam de verter reflexos nas peles paradas do rio kwanza e eu gosto de saber isso com os meus olhos atónitos de humidade. ali onde o mar beija o rio a espuma celebra o evento com pássaros que perseguem peixes. assim a poesia seja salobra ou salgada.

seria bonito ver os mangais depositarem raízes num poema meu – era a minha maior alegria fluvial.


há qualquer coisa de sapiência na palavra tristeza. e algumas tristezas não são de espanar – um dia posso descobrir que elas me fazem falta e ter que ir buscá-las na lixeira da catin ton.

vou encher-me de silêncios e imitar as pedras. adormecer entre as pedras pode ser que me contagie delas. depois de conseguir ser pedra vou exercitar o sorriso dessa pedra que eu for. com esse sorriso vou iniciar uma construção...


uma construção pode bem ser o lado avesso de uma certa tristezura.


texto do autor ONDJAKI



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domingo, 19 de junho de 2011

Kiriku

Kiriku : Breve análise psicopedagogica da construção de identidade

Sandra Dias Simplicio

-Ele é tão pequeno!!!!

Quando temos oportunidade de assistir um filme como Kiriku, percebemos a relação entre a criança, sua família e seu ambiente de Educação.

Kiriku e a feiticeira( Kiriku et la Sorcière) retrata a cultura de um povo num pequeno vilarejo africano que vive sob o domínio de uma feiticeira chamada Karabá.

Karabá possui a “fama “ de comer os homens da aldeia. Isto mesmo! Todos acreditavam que ela os devorava e por isso eles não retornavam para a tribo!

Kiriku é um personagem bastante enigmático, pois dentro da barriga da mãe fala e exige seus direitos: escolhe a hora de nascer, escolhe seu nome e tudo mais que um menino comum não faz. Ele é um mito.

Tais atitudes provocam em nosso íntimo espanto. Mas ao passo que a trama se desenrola nosso espanto se desfaz pois o nosso pequeno herói, trata-se sim de um herói, vai aos poucos construindo seu espaço.

Mas apesar do pequeno herói estar predestinado a ter sucesso, nada será tão fácil assim. Ele precisa resolver os problemas que surgem durante o desenrolar do filme: sua estatura, a falta de água, o desaparecimento dos homens da aldeia, as jóias perdidas, o medo da tribo ,saber porque Karabá era tão malvada, entender porque as pessoas da tribo eram tão contraditórias e o pior dos problemas: fazer com que as pessoas da tribo o ouçam.

E é neste tópico que irei inserir a criança . Ela precisa ser ouvida e nem sempre o adulto está disposto a ouvi-la.

Ela pode ter idéias e a seu modo tenta encontrar respostas para o conhecimento que está construindo.

Este é um filme excelente para despertar nossa reflexão a respeito da necessidade de aprendermos a ouvir o outro, especialmente a criança, a discutir o preconceito velado e para nos iniciar no conhecimento de contos africanos.

Para finalizar uma pequena análise psicopedagógica:

O filme inicia com Kiriku nascendo sozinho. A casa( útero) não lhe servia para mais nada e ele reclama seu nascimento como se já soubesse o próprio destino.
Seu nascimento não é nada natural. Somente alguém tão especial, teria um destino assim, nascer falando e cortar o próprio cordão umbilical. Como se tivesse que correr atras de um tempo perdido, pulando etapas rapidamente, assistimos a evolução cognitiva de Kiriku.

É natural que Kiriku precisava passar por todas as provações para conseguir o respeito da tribo e o direito de merecer o amor e a identidade que somente no final da trama lhe são conferidos. O pequeno personagem não tinha nenhuma credibilidade. Era pequeno!

Quem acreditaria que uma criança tão pequena poderia opinar com esperteza a respeito dos problemas que aparentemente pertencem ao mundo de adultos ?

Preso a condição de criança, precisa seguir passo a passo sua vida como um ritual de respeito a um tempo. O mesmo tempo lhe obriga a ter paciência e astúcia para estruturar- se e desenvolver atitudes para dominar e promover transformações na vida da tribo e consequentemente na sua .

Através das dificuldades, ele passa por vários apuros, ao se defrontar com animais hostis . Ele enfrenta um bicho gigante que sugava toda a água da aldeia. Ele quase morre e então renasce de dentro da água e nós poderemos sentir o ritual da canção da tribo cheia de simbolismo. Parecia que ele não tinha o repseito de ninguém, a não ser de sua mãe.

Enfrenta um gambá debaixo da terra e depois um pássaro disfarçado.

Ao enfrentar o javali, descobre através do tato de criança como este possuía uma audição sensível e assim temporariamente explora o animal até chegar no cupinzeiro. Kiriku amadurece também a partir de cada cena, em suas relações sociais.

O punhal, herança de seu pai, lhe auxilia nas lutas e na travessia mais importante. Tudo isso para falar com o avô, que vive muito longe.

Várias vitórias ele vai conquistando e ao mesmo tempo transformações se concretizam e singelamente são repartidas com o telespectador.

Só assim Kiriku alcança a etapa de amadurecimento e um nível de existência mais aprimorada, chegando a apoderar- se da condição de homem após o desfecho final. Um trabalho de um feitiço positivo de Karabá.

Kiriku passa por um trabalho psicopedagógico e todos são responsáveis pela grande parte deste ciclo: a preciosa mãe,o avô, a comunidade e a própria feiticeira.

Por isso é tão importante exercitarmos nosso olhar na construção vincular.

Para quem já assistiu, relembrar as cenas de diálogo entre alguns personagens, é um bom exercício para nós professores educadores.

Enfim , este é um filme que pode contribuir para o entendimento cognitivo da mente infantil e o desenvolvimento deste até tornar-se um adulto.

Infelizmente nem todas as crianças desenvolvem seu Kiriku interior e passam por muitas situações de desconforto ao lidarem com experiências dolorosas, no sentido de construir seu direito ao espaço de escuta.

Tão logo tecem questionamentos a respeito do que pensam ,são vilipendiados deste direito, e acabam por assumir um padrão vincular negativo com o conhecimento, com a escola e com a própria vida.

Sandra Dias Simplicio, professora titular de Educação Infantil / Psicopedagoga Clínica. Mestre em Psicologia Educacional.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

kiriku

Assistimos o filme Kiriku.
É incrível! Há alguns anos eu trabalho com este filme e muitas produções lindas são realizadas. Depois irei postar aqui.

Kiriku e a Feiticeira (parte 1/8)

kiriku


http://youtu.be/gxUiV9-R26k

sábado, 23 de abril de 2011

livro interessante

Encontramos na pesquisa de internet o livro para leitura via on -line

Um coelhinho que não ...

domingo, 3 de abril de 2011

as árvores de jorge ben e arnaldo antunes

http://www.youtube.com/watch?v=_JmA2ClUvUY

sábado, 2 de abril de 2011

Quando se tem uma mãe de verdade...


É ... mãe é tudo. Ela enfrenta até um lobo que se acha muito forte.

Uma professora também: enfrenta todas as adversidades para fazer seu trabalho profissional não importa o que pensam dela.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Quer ser professora?

Então vai estudar muiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiito.

Pinguim - Documentário

maravilhoso: isto é que é cuidar do filho

http://www.youtube.com/watch?v=Dz6TP6ko6Zk

Trabalho com filmes!!!!!!!!!


Baseado na obra da escritora Mary Murphy, cada episódio inspira-se nas experiências vividas por crianças em idade pré-escolar. O personagem principal do desenho é Paz, um filhote de pingüim que vive com sua mãe em um iglu de gelo com um jardim de neve. Seus principais amigos são o Cachorro, a Porquinha, a Coelha e o Vovô, avô de Paz. Cada episódio de Paz é feito para ajudar as crianças a desenvolver suas opiniões e habilidades, além de comportamentos que encorajem uma aproximação otimista aos desafios que "aprender" e "viver" representam. Paz usa essa estratégia de aprendizagem como um veí­culo pára muitas outras habilidades, como estimular o conhecimento dessas crianças. Em cada episódio nos aprofundaremos em uma área, como: alfabetização, ciências, geografia, estudos sociais, música, arte e dança.


quinta-feira, 31 de março de 2011

Professora de crianças pequenas


Muitas vezes perguntam-me o que faço numa EMEI.
Mesmo após vinte anos de carreira preciso explicar e explicar para quem me pergunta.
Gosto de falar o que eles falam para mim:
- professora um pinguim faz o que mesmo? Ele tem penas ou pelos? ele fala?
professora , um pinguim mora numa fazenda? o porquinho é um toucinho? ele fica numa casa e pode dançar como os três porquinhos ?-
Perguntas e perguntas as crianças fazem.
Tento responde-las mas meu trabalho requer muitas outras coisas e estudos sobre a infância. Por ora deixo as fotos de uma tarefa com figuras geometricas

quarta-feira, 9 de março de 2011

enquanto estamos sem parque


Aprecia a beleza nas pequenas coisas.
Embora as joaninhas tenham fugido de nosso parque em reforma, a natureza,etérea, incomparável, mostra suas nuances.
Por traz de uma árvore idosa, o nascer do Sol nos brinda com novo amanhecer. Isto somente é visto se você parar. Contempla, aprecia e sinta-se ungido por ela, dona de nosso tempo.
Colher um dia de cada vez é exatamente isto que a fotografia nos oferece. Aproveite, amanhã pode ser o dia da dona chuva. Aqui neste momento, a imagem pode ser tudo.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Tem sol e não tem parque

Então... voltei a trabalhar apesar de um dos meus talofibulares ter sido prejudicado numa queda do ano passado e por isso, meu blog ficou assim sem escritos sobre meu trabalho.
Segundo Junior(1990) a escola pública é um local de trabalho único e não necessariamente um local de trabalho unitário.
Produz verdadeiras passagens onde a interação do nosso trabalho e vivência junto de nosso alunos momentos de aprender e superar.
Produzimos individual e coletivamente histórias que espero jamais esquecer.
Recuperada estou mas na contramão sofre o nosso parquinho. O parquinho em que muitas criancinhas brincaram nestes muitos anos de EMEI Sérgio Cardoso. O parquinho relembrado em redações saudosas de crianças mais velhas de terceiras séries do primeiro grau, onde também leciono. Para mim o parque é um reduto da infância.Nele damos vida aos sonhos que perecerão se não forem vividos . Por enquanto estamos em trégua e organizando nossas rotinas de modo que nossas crianças continuem desfrutando de aprender brincando.
Mas eu gostaria de relatar que o parque além de ser um espaço rico de produção de sentidos para as transgressões infantis, está fazendo falta para mim.
Explico melhor!
Sobre transgredir, quero dizer que ao subir numa árvore baixa, subir nas grades faz nosso coração pular dentro do peito de professora que cuida da segurança também.
No entanto, não posso deixar de registrar que a criança não sabe o que é transgredir . Ela sabe sim o que representam para ela suas conquistas: - professora olha aqui eu sei subir, sou forte .
Eles apenas mostram as conquistas que os movimentos lhes conferem.
Dão voltinhas, pulam e conferem a força, a distância que tem um lugar do outro.
Eu, uma mortal preocupada com a segurança digo bem rápido : - Desce daí menino!
Tento pensar neste espaço e respeitá-lo como algo livre e rico de exploração, lugar onde meninos e meninas expressam de brincar e testar suas capacidades de aprender algo sobre autonomia.
Andei lendo novamente a Retha De Vries e penso sobre equilíbrio, inclinações e certos efeitos sobre as relações... a interação entre colegas em e por si mesma não garante um ambiente socio-moral que promova a educação infantil e aí é que entra o professor, completo eu.
Agora que tudo está acontecendo , penso sobre o bem estar infantil, posso falar que não é fácil ficar sem estudar as brincadeiras das crianças no parquinho,deixar de apreciar o namoro dos pássaros beija- flores na primavera que moram as vezes em nossas árvores e ficar sem as visitas dos passarinho xereta andarilho que eu não sei o nome até hoje,deixar de calcular o tempo das chuvas para curtir alguns minutos de sonhos de um super herói escondido debaixo do trem. Deixar de lembrar das façanhas de tantos Murilos, Emilys e Rians na balancinhas felizes, achando que a infância será uma poesia do eterno enquanto dure. Eu não gosto de deixar de curtir minhas alegrias de anotações desta vida de criança.
Quando eu escolhi o nome para este blog eu nem tinha pensado que um dia teria sol e não teria parque.
Pois eis que volto e o parque está em reforma e interditado por um tempinho.
As crianças pensam e pensam sobre todas as coisas e dizem suas pensamentações infantis naturalmente: tem parque hoje não? quem tirou os brinquedos? pode ir agora lá? e amanhã dá para ir ?professora Sandra mas por que o homens estão tirando os brinquedos do parque?Vai ter o que lá. Mas a gente não pode brincar lá um pouquinho na areia eu sei que eu aprendi é só molhar para refrescar que nem areia da praia.
Bombardeios em minha mente adulta de professora continuam:- mas por que agora que a gente tinha aula?
Esta foi a pergunta de uma criança que aqui transcrevo em manifesto pois a Retha Davis diz que a vida social é repleta da necessidade de comunicação.Então faço-me porta voz de minhas crianças.
Enfim meu blog suspira a saudade apertada: hoje tem sol e não tem parque mesmo.
Logo logo teremos um parque novo-informei a eles que a reforma será um sucesso.